segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Tempestade

Foi esta noite
Quando eu transbordei intensamente, em meu refúgio
Só nós dois
E finalmente, ela caiu em meu rosto, molhando o meu travesseiro
Limpando e purificando o meu interior, expulsando toda a dor
Foram lágrimas sofridas
Uma dor como eu nunca havia sentido
Estava me sufocando
Entalada em minha garganta
Agora, já não faz mais parte de mim
Quando tudo parecia voltar ao lugar
Bastou tropeçar nas palavras
E eu disse adeus à paz
Turbulenta e temporária
Como uma tempestade
Correndo o risco de manchar o rosto de sangue
Dizendo ser um futuro traficante
Não tive a chance de me explicar
Cala a boca
Foi o que ficou em minha memória
Cale-se, cale-se
Enfie a língua no olho
E assim sucessivamente
Ouvindo calado
Com uma defesa inútil
Mas, acabou
Foi só mais uma tempestade

terça-feira, 5 de julho de 2011

Oposto Exato

Lendo uma canção e ouvindo outra
Tentado encaixar as coisas
Tudo muito desigual
O oposto exato
Falando depressa pra caber na melodia
Mas...
Tudo é tão desigual
O oposto exato
É bizarro e desnecessário
Ar frio e artificial, congelante
E logo atrás, bem próximo
as coisas estão bem diferentes
Diferente e bizarro
como ouvir Otto e ler John Frusciante
de fronte ao ar artificial congelante
Tentando unir tudo em um só
Mas...
Tudo é tão desigual
Lendo uma canção e ouvindo outra
Unindo as diferenças
Tenho “sido insano” graças à “filha”
Diferente e bizarro
Insano

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pesadelo Real

Às vezes eu penso em ficar só, ao redor de nada
Mesmo sabendo que isso não vai me ajudar
Quando reflito por um segundo vejo que realmente não tenho amigos
Às vezes o meu melhor amigo é o silêncio
Infeliz é aquele que não pode ouvi-lo, ou tão pouco um eu te amo,
mesmo que não da pessoa esperada
Vivemos em um mundo de hipócritas, covardes
Pessoas que não sabem ouvir
Vou me libertar de toda a raiva e toda essa sombra que me segue
O meu único refúgio é o meu quarto
É pra onde eu corro quando me sinto sobre ameaça
É do teu abraço que sinto falta toda noite antes dos pesadelos reais

sábado, 14 de maio de 2011

Ex-vagabundo

Tanto quero quanto faço
Quero tanto, tanto quanto amo
Amo tanto que não sei
Não sei mais o que faço
Quanto tanto, o quanto eu quero, o quanto eu faço
Como eu amo
Teu retrato me faz calmo
Fonte que inspira
Alegra a minha alma
Alivia a minha dor
Só quem ama sabe o que é Roma
Coração pacato, insensato
Um ex-vagabundo

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sem querer

Não sei como nem por que
Mas me sinto uma pedra por isso
Se eu te magoei foi sem querer
Perdoa?
Não guarde mago nem rancor de quem te ama
Digo isso sem querer dizer
Não quero que se sinta assim tão só, tão mal por mim
Minha alma chora por te mandar ir embora
Meu coração sangra a cada lágrima derramada,
A cada esquina virada,
A cada vez que vira as costas
Meu mundo desaba num rio interno e intenso de lágrimas
Eu tenho os meus motivos
Não quero outro amor que não seja o teu
Pois não vivo sem você
Te quero só pra mim
E quero ser só teu por toda vida